quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ESTRANHO

Nâo entendo o teu dialeto
nem compreendo os teus costumes,
mas ouvirás sempre as minhas canções
e todas as noites procurarei teu corpo.
Terás as carícias dos meus seios brancos.
Iremos amiúde ver o mar.
Muito me beijarás
e não te amarei como estranho.


(Max Martins - adaptado)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Caderno de Desenhos e Versos sobre Amor




CORPO-DESEJO

Da ponta dos dedos
O carinho repentino
Ao fio de cabelo
Tocado ao som
Do acorde dedilhado
Com a ponta dos dedos.

Dos lábios molhados
O beijo sem som
Ao pescoço suado
Escorre a saliva
Misturada com suor
De beijar com a vontade
Com os lábios molhados.

Dos olhos fitados
O gesto do querer
Ao fechar de olhos
Na hora do beijo
Nosso desejo ao tocar
Com os olhos fitados.

A lingua escorrega
Pelo corpo nú
Ao falo teso e úmido
No âmago do ATO
Do amor dos errantes
O acerto FATAL
Com a lingua escorrega...
dedos...
lábios...
olhos...
língua...
do CORPO-DESEJO
Se faz num flash de luz amarela
Suave e viva
Bela
Deseja
Corpo-desejo.


domingo, 18 de outubro de 2009

Alguns Desenhos - 2008-2009










Estes desenhos, nanquim sobre papel, produzidos de 2008 a 2009, não representam obras de Arte, mas uma maneira própria da minha experiência de vida ao jorrar sobre ela e, por meio dessa relação de composição com linhas, a minha maneira de pensar o “Outro”, a Arte, a Vida.
Faço uma releitura de uma obra de Tarsila do Amaral – “Estrada de Ferro Central do Brasil” – impregnando a releitura de aspectos presentes no meu cotidiano. Não obstante, isso se dá em um momento da minha vida em que estou estudando aspectos do cotidiano de uma aldeia indígena e, além disso, pesquisando sobre temática étnico-raciais.

domingo, 9 de agosto de 2009

Leve como nuvem

Tua ligação,
palavras,
gestos,
entre risos e risinhos...
És leve.

Tua ansiedade,
contagem regressiva,
o morder dos lábios,
entre risos e risinhos...
És leve.

Tua chegada,
a paisagem,
o som da tua voz,
e dos risos e risinhos...
És leve.

Tua companhiia,
abraço, olhar,
mãos e unhas decoradas,
entre risos e risinhos...
És leve.

Tua presença é suave.
Tua companhia é leve.
És apaixonante,
leve como nuvem.
És leve,
como
nu
vem!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Arte - onde está? O que é?...

Encontraremos arte desde a humanidade remota até nossos dias e, certamente, a encontraremos amanhã, pela simples necessidade de expressão artística, em todos os climas, em todas as geografias e em todas as idades. Naturalmente fatores históricos e sociais modelam os tipos de arte, porém, desde a arte do homem paleolítico, passando pelos gregos arcaicos, pelas leis romanas na arte, pelo poder mágico da arte e todos os "ismos" que se seguiram. Passando pela fotografia, pelo cinema, ingressando na virtualidade da nossa época, debatendo-se com a globalização. Mas, a verdadeira arte jamais se escravizará a códigos e será sempre inovadora e capaz de falar do seu tempo. A arte, nos seus mais diversos tipos de expressão, transgredirá o estilo preponderante de cada época e falará ao sentimento humano ainda que este se encontre vazio e sem forma. A relação então surgida entre o sentimento do artista e o sentimento do seu público jamais poderá ser uma relação lógica entre conceitos idealizados, pois seria não apenas para o artista criador como também para este mesmo público que a consome, asfixiante e enceguecedora. "A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado, temos de chamá-la de arte. A arte ruim é arte, do mesmo modo como uma emoção ruim é uma emoção".
(Marcel Duchamp)

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Labirinto



Dentro de tudo, ali, naquele instante pregnante, dentro do nada, ali, naquela janela, na sacada.

Tudo (des)forma, tudo (re)faz, tudo dentro de tudo numa criação constante e crescente do todo, infinito e (im) possível.

Pode ser tudo e também pode ser nada, simplesmente pode ser.

Dentro do labirinto, tudo e nada, forma sem forma, contorna o olhar, borra a idéia, mancha do todo, de um todo possível, infinito.

Encontro, perco, avisto, evito e perco de novo a forma, no labirinto.